sexta-feira, 27 de julho de 2007
NÃO SE DISCUTE
Só olhar o movimento das árvores aqui do LaSalle coloridas por este sol tímido. Queria viver num mundo mais livre... Me enche o saco, às vezes, falar com quem sei que não gosta de mim, falar com quem não gosto, vestir roupas que não quero, ir em festas quando estou com mau-humor, ler livros desinteressantes, rir de piadas idiotas...
Aqui na biblioteca é OUTRO MUNDO, certamente.
Eu era bem criança ainda e ficava imaginando estórias mágicas, de livros encantados e fantasmas que habitavam a Biblioteca da minha primeira escola. Num descuido, vez ou outra, viajo entre os mistérios das entantes esperando algum livro envolvido em poção ou com alguma maldição saltar das prateleiras direto à mim. E quando aberto me engole para suas páginas muito velhas, numa nuvem prateada igual a dos desenhos. Talvez eu até voe, porque, provavelmente, seja este o meio de transporte naquele mundo. Deve até tocar uma musiquinha de fadas que se escondem envergonhadas nas folhagens. E eles devem temer alguma grande voz. Feroz e turbulenta que chega sempre sem aviso, vinda da floresta, onde fadas, anões e cavalos-alados nunca vão. E quando me assusto da voz eles fazem sinal de silêncio com os dedinhos na frente da boca para que eu tenha cuidado. Quem sabe se com meu conhecimento de tantas fábulas eu possa ajudá-los. E juntos, voando coloridos, nós descobrimos no final que o monstro não passava de ilusão que a nossa ingenuidade infantil não via maldade. E depois de "todos vivendo felizes para sempre" eles viriam me visitar, iluminando alguns caminhos negros e sem música desta realidade interminável que foi escrita a garranchos por um "autor desconhecido". Que ninguém ousa questionar, corrigir, debater.
"Não se discute", eles dizem.
Só queria viver num mundo mais livre...
quinta-feira, 26 de julho de 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007
ASSIS BRASIL
Por L&PM Editores
Poucos conseguem imprimir seu universo particular de maneira tão apaixonada e fiel quanto o gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil, aclamado por críticos e leitores como um dos mais expressivos autores da literatura do Rio Grande do Sul. “O que mais caracteriza meus romances é o fato de os temas estarem ligados ao Sul”, reconhece o escritor. “Não ao Sul épico ou ao Sul-clichê, mas o Sul que nada mais é do que uma fração da Humanidade, em que estão representadas todas as modalidades e contingências da vida. O porquê dessa fixação? Porque sou do Sul. É o meu espaço existencial.”
Nascido em 1945 na cidade de Porto Alegre, onde se doutorou em Letras pela PUC-RS, Assis Brasil comenta que, desde criança, sempre foi um leitor ávido. “Acho que isso decorreu, em parte, de minha infância algo ‘protegida’ por meus pais. O livro, para mim, era fonte de liberdade e imaginação. E o que foi determinante: tive uma excelente formação secundária no colégio Anchieta, com os padres jesuítas, que estimulavam a leitura e os debates calorosos a respeito dos temas. Esse universo me fascinou – a descoberta dos clássicos (o primeiro foi Eça de Queiróz; o segundo, Flaubert), o estudo de Homero, Cervantes, Shakespeare, Victor Hugo...”
A trajetória profissional do escritor teve início em 1974, quando se recuperava de um sério problema de saúde. O primeiro livro, Um quarto de légua em quadro, planejado inicialmente para ser uma obra histórica sobre o povoamento açoriano do Rio Grande do Sul (ele é descendente de açorianos por parte de pai e mãe), acabou virando um romance. Atualmente com 18 livros publicados, o autor constata que seu estilo passou por uma sensível evolução nos últimos cinco anos. O pintor de retratos (que, junto com Luiz Ruffato, recebeu o prêmio Machado de Assis em 2001), A margem imóvel do rio (premiado em 2004, em diversas posições, com o Jabuti, Portugal Telecom e como livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores) e Música perdida (lançado em 2006) refletem esse novo momento, com uma prosa mais concisa e grande força literária.
“O tempo e a prática ajudam a encontrar os caminhos”, diz. “Depois de escrever vários livros utilizando uma linguagem extensa, de longos períodos gramaticais, senti que aquilo já não satisfazia minha expectativa de produção literária. A partir de O pintor de retratos meu processo criativo tomou novos rumos. Foi uma mudança não apenas estética, mas também de conteúdo, que teve origem quando abri, ao acaso, Cantares del mio Cid. Descobri, nesse texto medieval, a maior economia verbal que já havia encontrado. Por quais caminhos andou a literatura, que esqueceu essa lição?”
A essencialidade, a seu ver, é o que define uma boa obra. “Eis aí a melhor virtude de um texto narrativo ou poético. Escreve-se demais, elaboram-se excessivos monólogos interiores, fluxos de consciência, diálogos circulares, descrições supérfluas, que só aborrecem o leitor. Além disso, há outros fatores que contribuem para a qualidade, como a busca da palavra certa, fugir dos lugares-comuns que não levam a parte alguma, o cuidado com a sonoridade e o conteúdo da frase.”
Coordenador da Oficina de Criação Literária na Pós-Graduação em Letras da PUC-RS, na qual já estiveram grandes nomes da literatura gaúcha, como Daniel Galera, Amilcar Bettega, Clarah Averbuck, Letícia Wierzchowski, Michel Laub e Cíntia Moscovich, Assis Brasil considera que, para ser proveitosa, a leitura deve ser verdadeira. Ou seja, ela não deve ser confundida com mera ilustração ou passatempo. A literatura, conforme ressalta, deve exigir do leitor um esforço para ir além do texto e mergulhar nas intenções subterrâneas do autor, o que é bastante recompensador.
“A literatura oferece a possibilidade de criar universos imaginários, dando-lhes uma roupagem verossímil. Surpreende-me, sempre, como uma ficção pode nos ensinar algo sobre o mundo, mais até do que os livros científicos”, observa. “Literatura é uma arte, mas é também uma forma de conhecer a vida. É a possibilidade de aumentar os horizontes e de buscar respostas para as grandes questões do homem. Todo leitor é alguém que deseja ser diferente. Não apenas é mais sensível, como também mais sábio. E a sabedoria é um grande conforto.”
O náufrago, de Thomas Bernhard. É o exemplo perfeito de uma história bem contada, que nos remete à eterna luta entre o talento, o desejo e tudo o que existe para contrapor-se. Mostra o imaginário de um músico obcecado por uma certa música, no caso, as As variações Goldberg, de Bach.
O perdido, de Hans-Ulrich Treichel. Belíssima história situada na Alemanha atual, mas que busca nas perdas da Grande Guerra uma forma de absolver-se do passado (e do presente).
A senhora Beate e seu filho, de Arthur Schnitzler. Uma narrativa extraordinária de uma relação afetiva entre mãe e filho, uma relação destruidora e patética.
Cidade de vidro, de Paul Auster, autor que me surpreende cada vez mais. Embora seja dos mais antigos, este livro contém, num estado mais puro, toda a temática que depois ele desenvolveria.
Freud, de René Major e Chantal Talagrand. Mais que apenas uma biografia, este é um instigante estudo da personalidade múltipla do criador da psicanálise, em sintonia com sua obra. Raramente se consegue ler algo tão completo e tão pensado como uma integralidade.
Finalmente, o recém-‘relançado’ A fera na selva, de Henry James, sobre o amor e a impossibilidade de amar, com tradução impecável de Fernando Sabino. Quando a personagem percebe que o amor, ‘essa fera na selva’, ataca a pessoa amada, já é tarde... De tudo o que li, esta é a novela que mais impressionou.

Fonte: Livraria Cultura
terça-feira, 17 de julho de 2007
NENHUM ABRINDO OS CÉUS DE SAMPA
Local: Teatro Popular do SESI
Horário: Terça-feira às 20 horas
Duração: Aproximadamente 80 minutos
Capacidade: 456 lugares
Ingressos: Preço promocional R$ 3,00 (promoção não cumulativa - não dá direito a meia entrada). Vendas na bilheteria do teatro ou pela Ticketmaster, (11) 6846-6000 ou http://www.ticketmaster.com.br/
quinta-feira, 12 de julho de 2007
o amor virá quando tudo isso passar...
Eu acho que se alguém não está feliz não tem o direito de transferir sua infelicidade aos outros.
Eu acho também que todo mundo deve pensar antes de falar.
Qualquer coisa..
Eu acho que quando a gente ouve algo que não gosta não tem o direito de dizer o que bem entende.
Eu queria saber ser invisível... Havengar!
Eu acho que se um casamento não deu certo seus sacrifícios por ele nada tem a ver com o resultado... afinal, não deu certo mesmo.
Eu acho que um filho indesejado em um casamento de fachada nada tem a ver com o fracasso de uma vida toda de alguém. - Me indiciem por homicídio culposo kkkk (aquele sem a intenção de matar)
Eu acho que tem gente demais dormindo com os pés pra fora...
E eu não estou nem aí...
Está frio pra caramba... e eu vou ver o show do IRA! amanhã.
Beijos!

"Estamos divididos entre a noite e o dia. Os infelizes e os que querem acreditar. Divididos entre os que amam profundamente. E os que amam não amar. Estamos divididos. E por isso, perdidos. Entre cabos, fios e sinais. Estamos divididos. Afastados uns dos outros. Distantes dos iguais. Estamos separados. Por cordas, braços e estradas. Estamos separados. Por fronteiras e pecados. Estamos separados. Por saídas e entradas. DIVIDIDOS SEPARADOS. O amor virá. Quando tudo isso passar. Estamos divididos. Entre o hoje e o amanhã. O que foi e o que ainda virá. Divididos. Entre profundos e superficiais. Insensíveis e os que sentem demais. Estamos separados. Por cordas, braços e estradas. Estamos separados. Por fronteiras e pecados. Estamos separados. Por saídas e entradas. DIVIDIDOS SEPARADOS. O amor virá. Quando tudo isso passar"
(Thedy Corrêa)
terça-feira, 3 de julho de 2007
Strange Days

segunda-feira, 2 de julho de 2007

uma, duas, três... paciência

Nenhum de Nós
